O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), em cooperação com a Internet Corporation for Assigned Names and Numbers (ICANN) instalaram, nos últimos dois meses, 14 novas cópias anycast do servidor L da ICANN, originalmente instalado na Califórnia – EUA. As informação são da Anid e Gov.br.

As cópias deste servidor-raiz (o l.root-servers.net, administrado pela ICANN) passam a operar juntamente com servidores do domínio .br em 14 dos 20 Pontos de Troca de Trafego (os PTTs) responsáveis pela interconexão direta entre as redes que compõem a Internet brasileira.

Das atuais 20 localidades que contam com Pontos de Troca de Tráfego do PTTMetro, as 14 que serão atendidas por essa melhoria são Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Londrina, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo, São José dos Campos, Belém e Natal. Com isso, as cinco regiões do país serão beneficiadas pela nova infraestrutura de resolução de nomes. Somados aos servidores que já existiam em operação, essa infraestrutura amplia substancialmente, e de forma distribuída, a capacidade de resolução de nomes e consequentemente a resiliência para suportar possíveis abusos ou ataques aos serviços DNS.

O que é servidor raiz

Servidores-raiz são a mais alta hierarquia de servidores responsáveis pela transformação de nomes de sites em endereços IP (Internet Protocol) usados pelos computadores. Poucos países possuem mais de quatro cópias de servidores DNS raiz. Entre eles estão Alemanha, Austrália, Brasil, China, Estados Unidos, França, Índia, Itália, Japão e Reino Unido.

O que é o servidor L?

O servidor L é um dos 13 servidores originais da internet no mundo (há dez instalados nos Estados Unidos, dois na Europa e um no Japão). Antes desses 14 servidores L, o Brasil já possuía outros cinco servidores-raiz. Um F, um L e um J localizados em São Paulo, outro J, em Brasília e um I, em Porto Alegre. A diferença entre eles é a organização encarregada da sua administração. O servidor L e seus espelhos são gerenciados pela ICANN. O J, pela Verisign. O, F, pelo ISC – Internet Systems Consortium. O I, pela Netnod.

Uma limitação tecnológica impede que os servidores originais sejam mais de 13. Por isso, foi desenvolvida uma técnica chamada anycast, que permite criar clones desses servidores-raiz, chamados de servidores-espelhos, que não podem ser distinguidos dos originais. O Brasil, portanto, acaba de receber 14 novas cópias anycast do servidor L da ICANN.

Desde 2010, o Brasil era um dos poucos países do mundo a ter servidores-espelhos da Internet operando no país. O primeiro deles começou a operar em 2003, já com o objetivo de diminuir o tempo de resolução de nomes de todos os domínios, diminuir os custos de interconexão de rede e aumentar a autonomia e a confiabilidade no acesso global ao DNS por brasileiros. Com esses novos servidores, uma rede conectada aos PTTs realiza o acesso aos servidores-raiz em menos de 10 milissegundos. Em 2003, o tempo de resposta era de 100 milissegundos.

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23/05/12

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